Quando recebo pacientes com interesse em realizar blefaroplastia ou outro tratamento rejuvenescedor na região dos olhos, o maior motivador sempre é cosmético. Entretanto, percebemos a importância da saúde ocular quando nos vemos diante de alguma complicação oftalmológica.
Costumo citar desde complicações simples e frequentes como um olho seco ou um lacrimejamento, e até mesmo um mal posicionamento das pálpebras (como ectrópio ou entrópio), o não fechamento dos olhos e, infelizmente, uma cegueira que apesar de rara, pode ocorrer.
A região ao redor dos olhos (periocular) possui uma anatomia muito complexa e delicada. São inúmeros vasos, nervos, bolsas de gordura, tendões, osso… tudo isso orquestrado delicadamente para receber o nosso órgão da visão, os OLHOS.
O conhecimento da anatomia é essencial a todos os profissionais que praticam cirurgias ou procedimentos nessa região. Não me restrinjo apenas a cirurgias ou procedimentos minimamente invasivos, como preenchimentos e toxina botulínica, mas também a lasers e peelings químicos. É essencial saber realizar com boa técnica o procedimento, e ainda mais importante, dominar o manejo das possíveis complicações.
Ressalto que o tratamento preventivo será SEMPRE mais simples, menos invasivo, menos oneroso financeiramente e com melhores resultados. Por isso, uma avaliação funcional dessa região permitirá um diagnóstico precoce de alterações que poderão ser tratadas no mesmo tempo cirúrgico que sua blefaroplastia. Isso minimizará riscos e desconfortos no pós operatório.
Outro ponto relevante é a realização de um exame oftalmológico completo antes de cirurgias na face. É uma segurança para o paciente e para o cirurgião. Além disso, é comum precisarmos de restringir o uso de lentes de contato temporariamente. Se esse for o seu caso, nas consultas já atualizamos e prescrevemos os óculos.
A visão é um dos nossos órgão do sentido, não a coloque em risco.
Saúde ocular e beleza podem e devem caminhar juntas.